sábado, 8 de março de 2014

Insondável amor pela terra

Não desisti de fazer versos,
Não me calei ante a injustiça,
Não me fugi dos vicios,
Não deixei de meditar.

Mas as bolhas permanecem subindo
O tempo para, o cego lê.
Quanto de mim ao vento?
Quanto ainda consigo crer?

Os versos não me escapam,
As justiças não somem,
Os vicios, teimosos, me perseguem,
E a meditação é a que mais vem.

Mas quão premeditado é tudo!
Quanto ainda posso me importar?
Na sombra ou na luz, o que ainda há?
É tudo vivo(insondável), é tudo lindo.

Que me escapem os versos,
Em um marejar intimo de idéias.
Não são belos os conceitos,
E não são fáceis as escolhas?

Que as injustiças confusas e tristes
Me carreguem de humanidade
Que seu tentáculo, ainda que simples
Não me deixe cair em equidade.

Que a sabedoria dos vicios insanos
Me permitam, mesmo saudoso,
Deixar tudo, largar o mundo
Ser acolhido, calado e sem planos.

Que tudo é vivo, diz o pensador,
Então que a meditação aqueça.
E meus anseios me confiem em natureza:
"Pela terra construa o seu amor.

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