terça-feira, 11 de junho de 2013

Gotas despertas


Entrei no carro, contei as gotas no vidro
Elas permaneciam sendo gotas.
O carro acelerou.
Meu peito enche-se de medo.
Onde o meu "ver" andou?

Foi constantemente acelerando.
Dissipando o enquadramento,
Pertubador da paisagem.
Não vês mais nada!

Parado o carro, recuperou o fôlego;
Calou-se e notou o trafego,
Não podes descer mais que isso.
Observou quieto a serragem.
É um caminho em si.

Contou as gotas,
Mas elas não mais existiam.
Não existia dor,
Tudo desapareceria.

A importância dos últimos fatos,
A sua própria importância
Tudo se dissipava
Em frases e palavras.
Tudo era consciência.

Viu as fibras de luz
Sentiu-as em si.
Colisão!
Só há, tudo isso,
Que falo.
Quando quieto.

Levanta-te e anda!