terça-feira, 9 de outubro de 2012

Utopia



Cambaleante andas, amigo.
Já não olhas, altivo, a praça:
Diante do sol paraste.
Para quê?

Seus belos tornozelos
Pulsam na terra desocupada;
Não há mais nervos.
Diante do sol ouviste.
Para quê?

Seu tempo se desfez
seu momento envernizou, secou
no sopé de outra marca.

Terra na unha, do dedo uma raiz.
Acompanha o fel da aurora.
Com tímidos grãos de pólen.
Diante do sol escapaste.
Para onde?

Não tens onde ir.
Dormindo não notaste
Que tua terra é de ninguém.
Que esta soa nos vidros,
Contorna o natural
como é desesperado os cantos noturnos
como pesan estés momentos.
Terra de ninguém.
Soa terra!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O novo corvo, lixo, corso.




Mudo dito palavras
Que se empoleiram,
Nos vagões do discurso,
Em ríos de palavrões.
Sois verbo tão forjado
Que de nós o tempo
Não é mais grato.

Consciente do corso
Sábio das putas,
Amigo das viúvas
Fez-se homem completo.
Nas praças sem bandeira
Enrijece o metro.

Cantou do semen o caos:
Gerou devaneios em Josés,
Indios que mutilados gritavam
Foram escutados.

O macho alfa
O macho beta
O macho e lixo
O lixo suino, o lixo-homem.

Mas essa chuva, 
Nos põe comovidos
Como Holden Caufield.

domingo, 16 de setembro de 2012

Privacidade


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sexta-feira, 2 de março de 2012

Mãos frouxas


Rugas se desfazem
Num pranto perdido
Peço nesse canto, para os que pedem,
Não posso ficar sem ele.
Morrer seria olhar uma só vez,
E perde-lo.

Encantado e contido.
Fugas, ventanias
Aonde estais?

Perdoe esse meu fraco, pois só corri.
Olhando a queda, cai só.
Mas dentre tanta sujeira , te achei nós dois.
Te pus quieto entre essa carne dobrada,
Essa seca solidão, e as mãos frouxas.

Já não posso correr para sempre.
Alguma hora tenho que olhar pra trás.
Te ver quieto no meu colo
Me põe aquebrantado.
Perder-te jamais.
Para sempre ao seu lado.

Quieto com ti, sozinho.
Sozinho.