quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Grego mata!!!


Não me pegue a carne,
Grego maldito!
Não quero seu,
Muito seu,
Complexo vil.

Deixa meu “om”.
Meu alter cerne.

Cago para ti!
Ages na gafe,
Nas nossas.

Estás fodido,
Mas ainda rico.

Deixaste um rombo,
Claro fim, do seu outro
Sem acabar, no entanto.

Indiferente,
Ages no garfo.
Dionísio escroto!

Não me peças a alma,
Greco-romano imbecil!
Nunca serás bendito
A tê-la.

Claro, evidente
Não tens nada.
Ages na faca,
Pois é o que resta:
Cultura podre.

Nunca sai de mim
Morte-ocidente.
Que pena.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Colorido pedalar



Colorido esse vento
Triste lágrima que toca.
Toca o asfalto,
Cobre, ferro, cobalto.

Peito engasga.

É tanto vento,
E tão pequeno
Esse Davi,
Que me calo
Completo assim
Por não sentir.

Lágrima já não chora
Peito já não cala
Asfalto de ferro.
Pequeno e completo
Já não é Davi.
No meu puto andar
Há, e como há,
Esse olhar de quem
Já viu o devir.
Mas as vezes se perde.

E como perecer?

Natureza essa que tem
Velocidade morosa
De quem já correu.

Mas quem conhece a luz
Nunca se perde.
Camelou meu mundo
Me fez andar e correr.
Inerte, me conduz.
Me acostuma,
Ao fugaz
Mais que me diverte
Ela ama.
E mais que isso
Me ilumina.

Flores*

Olhe as flores
Olhe meus joelhos,
Sinta minhas mãos:
Que sinistra beleza

Conto o que foi
Que vai passar.
Olhos tristes, seremos.
Mãos fortes e somos.

Vejo seus olhos.
Só tens dor e desespero,
Amargura não.

Carregam-te flores
Para te salvarem
Elas veem seus olhos,
Sentem suas dores
Mas não fogem,
Só choram.

Crês, que voaram.
Já não sentes o peso.
Seus olhos tristes
Olham as flores.
Mas não vê o louco
Pesar da alma.
Cores
Te levam e sempre.

*Esse poema foi feito para esse mural de Diego Rivera