sábado, 8 de março de 2014

A Luz é Curumim


As nuvens me comem;
A lua é tão quente,
As estrelas tão frias
Que me calo, índio de tudo.
  
Na fumaça da bicicleta
Encontro o devir achado.
Relaxo nas mudanças de humor,
Acalento o assoalho dessas andanças
Nas ruas, nos bares ou em nada.
Vontade de caçar.
  
A luz que vem veloz
Não pode se perder.
Rápido, o curumim torna-se guerreiro
De propósito forte.
  
Corra mais um pouco
O arco, ou aro, sempre foi corpo
Tudo virá a ti, tupi.
Está inscrita na sua pele
E na sua volta
E sempre estará
  
Curumim olha liberto
A vontade é asa
A cabeça é vento
Curumim olha a energia
Sem medo sem receio
Sem vaidade.
Com inabalável liberdade
O curumim vira guerreiro.

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