sábado, 29 de janeiro de 2011

Correr no rio

Volto como quem corre,
Mas descanso
Enquanto ando.
Não tenho pressa
Sede eu tenho de porre.

Volto ao mundo agora.
Nunca me fugi dele,
Nem em meus delírios.
Nem em paradoxos.

Como é belo andar
E não correr na vida,
Já corro tanto.
Agora me atiro no mar
Com o ultimo tiro.
Com espanto.
Morro sabiá.

Acabo de acordar.
Não sei de nada.
Não tenho medo.
Vou me meter na mata
Correr no rio
Mas sem correr
Só andar.
Já corro tanto.

Pensar aqui
Sozinho
Sendo colibri
Movendo montanhas
Ausência,
Não sentindo
Parte de mim.
Mas o todo.


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