quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Flores*

Olhe as flores
Olhe meus joelhos,
Sinta minhas mãos:
Que sinistra beleza

Conto o que foi
Que vai passar.
Olhos tristes, seremos.
Mãos fortes e somos.

Vejo seus olhos.
Só tens dor e desespero,
Amargura não.

Carregam-te flores
Para te salvarem
Elas veem seus olhos,
Sentem suas dores
Mas não fogem,
Só choram.

Crês, que voaram.
Já não sentes o peso.
Seus olhos tristes
Olham as flores.
Mas não vê o louco
Pesar da alma.
Cores
Te levam e sempre.

*Esse poema foi feito para esse mural de Diego Rivera

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