quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Colorido pedalar



Colorido esse vento
Triste lágrima que toca.
Toca o asfalto,
Cobre, ferro, cobalto.

Peito engasga.

É tanto vento,
E tão pequeno
Esse Davi,
Que me calo
Completo assim
Por não sentir.

Lágrima já não chora
Peito já não cala
Asfalto de ferro.
Pequeno e completo
Já não é Davi.
No meu puto andar
Há, e como há,
Esse olhar de quem
Já viu o devir.
Mas as vezes se perde.

E como perecer?

Natureza essa que tem
Velocidade morosa
De quem já correu.

Mas quem conhece a luz
Nunca se perde.
Camelou meu mundo
Me fez andar e correr.
Inerte, me conduz.
Me acostuma,
Ao fugaz
Mais que me diverte
Ela ama.
E mais que isso
Me ilumina.

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