sábado, 4 de junho de 2011

Milton

Tudo que há pra ser
Nesses tambores.
Onde não há sonhos,
Mas dores.

Nessa vivenda,
Conter e saber,
É mais que vida
Pois no final,
Cada infinito
É sempre contido
E inseguro.
Precisa-se de força.
Essa que canta
E não para
De emocionar.
Precisa-se dele.

De poros
Do criar,
Fez-se inventar
Tal força.

Como há de ser
Tão natural?
Virar a alma,
Encrustar
Nesse convívio,
Ponte divina
Entre o belo
E o nada mais.

Esse bonito,
Gesto seguro
Onde tudo é certo.
Mais ainda
Quando o vento
Cantar.
Murmurando vozes,
Cerrando tempo
Enchendo o morrer
De beleza e som.
Não há que se temer
Sempre criará,
Sempre milton.

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